o artista

1989, Rio de Janeiro.
Vive e trabalha em São João de Meriti, RJ, Brasil.

Kwaku Ananse Kintê é uma artista plástico autodidata que trabalha principalmente com pintura sobre tela. O artista utiliza a representação da pessoa negra como principal motivo de trabalho, relacionando espiritualidade, racismo e apagamento histórico da população negra no Brasil. Além disso, busca fazer uso da azulejaria como plano de fundo de suas pinturas. Em suas obras, a azulejaria representa o apagamento, a invisibilidade, que logo é interrompida por uma cor sólida que fala sobre o vazio, a não existência.
Como elemento importante na construção da identidade de seus trabalhos e como complemento em sua pesquisa, ele busca referências na cultura africana e afrodiaspórica.

A pesquisa

Ao longo dos anos, as Pessoas Pretas têm sido relegadas a subempregos, caracterizados por baixos salários, falta de segurança no trabalho e ausência de direitos trabalhistas. Esses subempregos são frequentemente precários e desvalorizados, refletindo a exploração e a marginalização dessas pessoas no mercado de trabalho. Além disso, casos de trabalhos análogos à escravidão ainda surgem na atualidade, evidenciando uma persistência preocupante de práticas que negam a dignidade humana e perpetuam a herança escravocrata.

A violência física também é uma realidade enfrentada pelas Pessoas Pretas no Brasil. Assassinatos, agressões e prisões sem qualquer argumentação plausível para que aconteçam são frequentemente direcionados a essa população, motivados sempre pelo racismo. É alarmante constatar a desvalorização desses crimes por parte da sociedade, o que reflete a falta de empatia e a naturalização da violência racial. Essa realidade trágica e injusta requer uma análise crítica das estruturas sociais e uma busca por soluções que promovam a justiça e a igualdade.

Kwaku Ananse Kintê, nos convida a uma jornada de reflexão profunda sobre o período escravocrata e sobre a persistente influência do colonialismo até os dias de hoje. Ele observa atentamente como a presença massiva de pessoas negras em trabalhos considerados subalternos, como a manutenção e limpeza desses elementos culturais, reflete a ausência de referências à sua própria cultura, costumes e história.

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